segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crônica (13) - Luna.

Essa crónica aqui surgiu de uma frase que o meu pai me falou hoje enquanto eu comia chá e Nutella. Espero que vocês gostem, xx.



Ele gostou de mim pelo meu jeito. Ele gostou de mim pelos meus toques. Ele gostou de mim porque ele sabia que, a noite, era eu quem ia segurá-lo. Ele gostou de mim por causa dos meus beijos sutis e selinhos desesperados. Ele gostou de mim por causa das palavras, das frases e daquele mar de sofrimento que ele chamou de arte. Ele gostou de mim por causa da minha loucura, e um pouquinho da minha sanidade. Ele gostou dos meus surtos, dos ataques e das noites sem dormir. Ele gostou de tudo isso. Dos meus medos, dos receios e das incertezas. Ele gostou de mim por dentro e por fora. Ele gostou do meu cabelo repicado, dos meus sueteres com patas e das minhas skinnies. Ele gostou de mim por causa do meu vício por chá e noites geladas. Da minha afobação domingo de manhã e do nervosismo segunda à tarde. Ele gostava de mim dos pés a cabeça. Do meu sotaque de caipira e dos meus óculos de armação quadrada. Do meu maxilar largo, e dos meus dedos magros. Ele gostou de mim por causa da minha música, nascida e criada em Nirvana. Ele gostava de mim pelo meu gosto clássico e pelas fases inovadoras. Ele gostou de mim por causa do meu risos e de quando eu ficava com vergonha. Ele gostou de mim de tantas formas, e por tantas coisas. Ele gostou de mim, mas eu o amei.

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