domingo, 11 de outubro de 2015

Crônica (12) - Luna.

To pretendendo terminar o post enorme ainda hoje e escrevi pelo menos mais duas mil paalvras para CS, amém. Como cês tão, amores? Eu continuo nessa montanha russa que é a vida, e estive meio distante não só por isso mas também por causa do post enorme porque eu venho arrumando e cuidando para que tudo fique bonitinho e etc. Essa crônica saiu quase forçada, mas eu espero que vcs gostem. ://


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Você lembra de quando era tudo por trás? Dos olhares contidos, dos toques indiscretos? Tudo muito bem escondido, muito bem guardado, reservado. Vocês gostavam daquilo, daquele segredo, não gostavam? Porque aquilo era uma coisa só de vocês, ninguém mais testemunharia. O amor de vocês era bonito demais para qualquer mundano ver. Entre quatro paredes, ele era seu amor, seu bebê, seu coração, ele era seu, não era? Lá fora, porém, nada de olhares, sem toques. Quem disse que vocês poderiam se dirigir um ao outro? O sentimento era gostoso, de estarem guardando um segredo tão grande, e vocês adoravam. Adoravam, não era mesmo? O sabor do vinho à meia noite, sentados em frente um ao outro jogando jogos estúpidos, tendo conversas ridículas, trocando beijos como se não houvesse amanhã, sem nunca desconectarem os olhoares. Vocês aprenderam a aproveitar mais esses pequenos momentos, talvez por isso fosse tão bom. Quando ele te tocava, você sentia na pele a ardência de seu desejo, não sentia? Quando ele te olhava, você via a necessidade nos olhos dele, não via? Quando vocês se amavam, você sentia tudo, soluçando porque aquilo era demais. Era sim. Em todos os sentidos. Vocês tinham uma sincronia, uma conexão. Vocês aprenderam por causa disso, não foi? Vocês gostavam. Era algo só de vocês, o segredo, os gestos, as mensagens por entre as linhas. Vocês tinham aquele sinal, e tudo estaria bem se vocês continuassem se entendendo. Vocês tinham brigas, intermináveis e constantes - segredos custam caro, não custam? Mas hoje, você olha para trás, para vocês, e ri. Eram coisas tão fúteis, idiotas, momentos que vocês perderam podendo aproveitar um ao outro. Vocês tinham a música, não tinham? Ele gostava de cantar e você achava isso incrível. Você seria capaz de silenciar um estádio inteiro só para ouvi-lo cantar? Eu acho que sim. Vocês tinham as marcas, todas com um significado maior do que eles pensavam que tinham. Ele te guiava, e você o mantinha no chão. Eram os perfeitos opostos, eu sei. Ele seria capaz de te completar em todos os jeitos, de todas as maneiras, em todos os sentidos, não era? Vocês tinham tanta coisa, não tinham? Vocês tinham o amor de vocês, os segredos, os toques, as noites sem dormir, o vinho... E por que vocês nunca mostraram para ninguém?

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