sexta-feira, 2 de outubro de 2015

BIME #1 - Luna.

Aquela garota que tem a vida complicada demais para explicar isso num post de blog: eu. Então... desculpem??? As coisas estão bem complexas ultimamente, difíceis demais de se explicar. Mas vejam pelo lado bom, dias difíceis me dão inspiração. Eu acho/às vezes. Então, aqui está um novo quadro do blog, chamado::::: but i might explode, e eu vou falar de tudo. Eu meio que não venho me sentindo bem, e escrever é tudo que me resta, então cá estou eu, escrevendo para que eu não exploda.

E pra vocês saberem, esse texto aqui tá mais dramático ainda.






Eu venho da geração dos caras pálida, das peles riscadas e das bolsas rasgadas. Eu venho de uma geração com medo demais para falar, mas com tanto talento a se mostrar. Dos artistas aos poetas, dos treinadores aos atletas, das velhas crianças aos novos adultos. Dizem que somos loucos, desesperados por atenção. Nós somos, e nós estamos. Somos loucos de gritar pelo nome de, por chorar por causa de, somos desesperados pela atenção de. De todo mundo. Vocês não veem? Vocês não nos notam? Somos exibicionistas natos escondidos no casulo da introversão. Eu venho de uma geração apaixonada. Por ele, ela, eles, elas. Apaixonada pelo som da voz de alguém que está muito longe para ser ouvida, pelo cheiro de um perfume que já não está mais no colchão e pelas histórias de pessoas que já se foram há muito, ou ainda não. Minha geração está perdida, lutando ferozmente para deixar sua marca. Minha geração está perdida, desesperado por seu canto especial. Minha geração está perdida, mas cheia de esperança. Minha geração se encontra em todos os versos e poemas, trechos, estrofes; falas. Das cartas de amor às entrelinhas do dia a dia. Das listas intermináveis de sonhos e metas, dos bilhetinhos e lembretes, de todos os jeitos para marcar quem ela é, quem eles são. Minha geração é das músicas tristes, das eletrônicas e de um pouquinho do rock clássico. Minha geração é chamada de tantos nomes, é taxada de tantas coisas e nós somos tudo isso. Somos loucos, malucos, estamos delirando. Gostamos das linhas vermelhas, das noites mal dormidas e das palavras rudes. Gostamos do abraço apertado, da melodia doce e do beijo suave. Gostamos de quem gosta da gente, e até de quem desgosta. Gostamos pelo que são, e pelo que tentamos ser. Minha geração é perdida porque senão, eles não nos encontrariam. Minha geração é sem rumo, sem direção, andando na contramão. Estamos todos espalhados e não temos regras. Gostamos de beber cedo demais e de dar voz aos problemas fúteis do dia a dia. Minha geração é tudo o que eles dizem ser, só que mais um pouco. Aquela geração sem limites, sem ideais, mas que será lembrada da mesma forma. Pela sua falta de padrão, pela diversidade; por finalmente deixarmos de ser aquilo que queriam que nós fôssemos.

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