segunda-feira, 23 de novembro de 2015

BIME #5 - Luna.

Eu acabei de fazer esse texto porque ando meio inspirada esses dias, e ele é bem genuíno então eu espero que vocês não morram de overdose de açúcar.



Por todo esse ano, eu estive com medo de te perder. De acabar esquecendo de ti. E temendo tanto, eu não percebi o quanto esse medo foi sumindo e dando espaço para outro sentimento se instalar. Algo maior e algo tão belo. Você sabe do que eu estou falando, não sabe? Eu aposto que sim.
Mas o que mais me frustra é que, para te dizer isso, o que eu sinto, eu teria que usar uma palavra tão menor do que realmente é. Mas é a única que eles nos disponibilizam, como se achassem que amor é uma palavra suficiente para descrever tudo o que eu sinto por você. Como eles ousam? Amor não é nem a metade. Seria maior do que a maior palavra do mundo, algo a ver com fobia de vulcões, eu acho.
E pode ser uma fobia, talvez. Fobia de te perder. Porque por todo esse ano, eu estive com tanto medo de te largar. De cansar de você. De pensar que você já não era mais suficiente para mim, e isso soa tão estranho, não é mesmo?
Mas você era a única coisa que me fazia feliz até então, aquela luzinha para me guiar do náufrago. Você é todo perfeito. Você é você, e aí sim eu achei uma palavra suficiente para te descrever. Você. Parece tão simples, mas é algo tão grande. Tão cheio de significado. E se encaixa tão bem em tudo o que eu sinto, e penso de você. Você deveria ser um elogio, como dizem os atrasados.
Você me faz rir sozinha, você sendo esse sentimento e a si mesmo. Você me faz chorar enrolada e sorrir embaraçada, porque eu sou uma vergonha por você. Você é a coisa mais importante que eu tenho agora, agora mesmo, nesse momento. Talvez só nele. E eu temo que te perca, que deixe você ir. Que acabe eu mesma com essa fonte de felicidade que eu tenho. Mas isso que eu sinto, que vai abrindo o espaço dentro de mim, parece tão duradouro e quente.
Quente. Aquece meu peito aquela sensação gostosa de casa, sabe? Eu acho que você sabe. Que conhece. Não comigo, mas eu não me importo realmente. Porque, meu amor, o amor que eu tenho por você é aquele tipo de amor tão bonito (o único que eu já senti e que, por sorte, é o mais belo), tão altruísta e na verdade, que não cogita a possibilidade de ficar com você. Eu quero ser sua amiga, trocar conselhos sobre namorados e dicas de supermercado, dividir noites e canecas de chá, mas é tão distante a ideia de sermos algo. Aquele tipo de algo. Eu não faço questão de ser esse tipo de amor, aquele que você troca beijos e compartilha segredos. Eu quero, e talvez não consiga mas isso realmente não me aborrece, ser aquele amor que você liga às quatro da manhã, bêbado e rindo porque está feliz demais e me acha importante o suficiente para querer compartilha essa alegria. Eu quero ser aquele tipo de amor, e isso provavelmente nem vá acontecer, que você não precisa pensar duas vezes ao sentar do lado e envolver meus ombros em um abraço. Eu quero ser aquele amor que você sabe que te ama tanto e que só suplica, sequer cobra, que você aceite esse amor meio insano se um dia você vir a conhecê-lo.

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