nana // luna

Esse é o texto mais recente que eu escrevi. Fazia bastante tempo que eu não me sentia tão aliviada e contente depois de escrever alguma coisa, mas também fazia muito tempo que eu não escrevia alguma coisa. Esse texto tá diferente de todos os outros que eu já fiz, porque esse é um novo tipo de escrita que eu nunca havia tentado e que gostei bastante. Então, vejamos.



o que enfurece mais meu ser é saber que se um dia lhe fosse oferecido um pouco sequer de sua carne sangrenta eu a devoraria faminta e cheia de sede pelo liquido vermelho que tu transborda e faz descer pelas minhas coxas uma vez que me deixou e isso me deixa verdadeiramente maluca porque uma pessoa que me implantou tantas loucuras como você ainda consegue ser a mais adorada pelo pedaço tambem vermelho abrigado dentro do meu peito esquerdo que se contrai toda vez que ouço seu nome e penso na tua boca e nas tantas vezes em que nós nunca nos beijamos e que lamenta-se da sempre certeza mesmo quando ainda juntas de que isso não era pra sempre e eu permaneço aqui agoniadamente desejando você enquanto você procura por outra e provavelmente ja a achou com tua pele vermelha e teu sangue quente e agora a aquece enquanto meus olhos faiscam ao pensar nela e em ti e em como deveria ser eu bebendo desse liquido rubro que escorre por suas veias e não outro tão pouco merecedor de você quanto eu que agora lamuria-se calada se encolhendo a cada simples memoria de você e que se afoita com o pensamento de que deveria ter feito mais por ti lutado mais amado mais permitido mais feito qualquer coisa para ter você e se um dia eu tivesse a mínima chance de provar da tua carne vermelha e quente novamente eu me debruçaria sob teu colo e não te deixaria nunca mais partir.