Aqui vai mais um bônus de EBP. Este, no entanto, está mais curto. E, só para avisar, não são seguidos. Esse passa muitos anos depois desde o bônus anterior. Well, espero que vocês gostem xP E, novamente repetindo, não me matem pelo capítulo que vou postar. Vlw, flw. U-U
BÔNUS - Lembrando do Passado
Lene lembrava-se do início. De quando
tinha que se esconder em becos escuros para não ser pega.
Depois, lembrou-se dos dois
rapazes viajantes e de sua carona até a margem de Londres.
Sorriu com seu primeiro emprego,
como garçonete num restaurante japonês. Entristeceu-se ao relembrar de seu
romance de Natal com um hóspede na pousada onde trabalhara por mais de um ano.
Depois, olhou para o vestido que
comprara com o dinheiro que conseguira vendendo jornal próximo a parte turística
de Londres. Amargurada, pensou nos dois meses que passou na miséria novamente
e, depois, em como conseguira costurar o vestido com o kit que os gêmeos de
quem cuidaria lhe deram de presente pelos sete meses em que passara com eles,
até que sua patroa chutara-a porta a fora por ser uma vagabunda sem carteira
assassinada.
Olhou ao redor, para o quarto em
cima da doceria onde trabalhava há três anos.
Sabia que aquela não era uma vida
digna, mas tinha ciência de que, se não fosse por isso, não teria sequer uma
vida. Provavelmente teria morrido de fome numa das vezes em que virara uma
sem-teto em Londres e precisava pedir esmola na rua.
Estava bem, sabia disso.
Olhando-se no espelho partido ao meio que apoiara em sua escrivaninha, Lene via
a garota de vinte um anos encará-la. Nesses últimos quatro anos, ela observava
como havia amadurecido.
Fugira de uma clínica de
reabilitação e agora estava trabalhando, quase com carteira assinada. Não tinha
identidade e esse era o motivo de não trabalhar legalmente, mas o dono daquele
lugar lhe conhecia tão bem que poderia registrá-la como sua filha e estaria
tudo bem. Sabia, no entanto, que devia voltar o quanto antes para casa.
Tranquilizando-se, ela prometeu a
si mesma que ainda hoje ela pegaria o ônibus para Sutton. Estava preparada. Agora
com 21 anos sua mãe não tinha mais direito sobre si. Podia decidir ou não se
seria internada de novo e estava longe de querer aquilo. No entanto, queria
poder rever a mãe e Cris, que há tempos não sabia como estava.
O garoto estava para completar 18
nos próximos dois meses e ela sabia que precisava estar naquele aniversário.
Isto é, se ele assim quisesse.
Quanta besteira! Por que ele
renegaria sua presença? Ele iria entender. Ela já não estava mais aguentando viver
confinada daquela forma sem que ninguém a ajudasse, precisara fugir senão
enlouqueceria de vez.
Mas e se ele não entendesse? E se
fosse grosso e dissesse que não queria vê-la nunca mais. E se sua mãe se
recusasse a aceita-la? Ela voltaria para Londres, certo? Tomaria de volta seu
emprego e passaria a ser oficialmente uma cidadã, sem mais segredos.
Entretanto, para preparar-se para
a recusa, ela sentiu a necessidade de alguns drinques antes de qualquer coisa.
Havia ouvido falar de um bar na beira da estrada e, já que estava saindo,
cortaria o caminho apenas o suficiente para que o ônibus já tivesse chegado.
Porém, diferentemente do que Lene
pensava, nada daquilo aconteceu. Nem sua mãe a renegou, nem seu irmão brigou
com ela. Na verdade, ela sequer chegou à vê-los. Caminhando aquela noite,
pronta para mudar sua vida, ela não sabia que a vida estava prestes a muda-la.
<3 <3 <3
ResponderExcluirOh deuses, caramba, ai Zeus do meu heart, me segura.
AI DEUSES, CARAMBA, A VIDA DA LENE ERA ASSIM?? T.T Chorando lagrimas sinceras aqui por ela. Putz. Putz, putz, putz.
Sem comentários. Sério.
Pois é, a Lene teve que viver assim. No próximo capítulo as coisas ficarão mais claras, eu acho. :)
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