sexta-feira, 26 de setembro de 2014

EBP - Bônus (2) - Luna

Podem me amar, eu deixo. Postando menos de meia hora após a última postagem? Yep, babies! xP
Aqui vai mais um bônus de EBP. Este, no entanto, está mais curto. E, só para avisar, não são seguidos. Esse passa muitos anos depois desde o bônus anterior. Well, espero que vocês gostem xP E, novamente repetindo, não me matem pelo capítulo que vou postar. Vlw, flw. U-U





BÔNUS - Lembrando do Passado



Lene lembrava-se do início. De quando tinha que se esconder em becos escuros para não ser pega.
Depois, lembrou-se dos dois rapazes viajantes e de sua carona até a margem de Londres.
Sorriu com seu primeiro emprego, como garçonete num restaurante japonês. Entristeceu-se ao relembrar de seu romance de Natal com um hóspede na pousada onde trabalhara por mais de um ano.
Depois, olhou para o vestido que comprara com o dinheiro que conseguira vendendo jornal próximo a parte turística de Londres. Amargurada, pensou nos dois meses que passou na miséria novamente e, depois, em como conseguira costurar o vestido com o kit que os gêmeos de quem cuidaria lhe deram de presente pelos sete meses em que passara com eles, até que sua patroa chutara-a porta a fora por ser uma vagabunda sem carteira assassinada.
Olhou ao redor, para o quarto em cima da doceria onde trabalhava há três anos.
Sabia que aquela não era uma vida digna, mas tinha ciência de que, se não fosse por isso, não teria sequer uma vida. Provavelmente teria morrido de fome numa das vezes em que virara uma sem-teto em Londres e precisava pedir esmola na rua.
Estava bem, sabia disso. Olhando-se no espelho partido ao meio que apoiara em sua escrivaninha, Lene via a garota de vinte um anos encará-la. Nesses últimos quatro anos, ela observava como havia amadurecido.
Fugira de uma clínica de reabilitação e agora estava trabalhando, quase com carteira assinada. Não tinha identidade e esse era o motivo de não trabalhar legalmente, mas o dono daquele lugar lhe conhecia tão bem que poderia registrá-la como sua filha e estaria tudo bem. Sabia, no entanto, que devia voltar o quanto antes para casa.
Tranquilizando-se, ela prometeu a si mesma que ainda hoje ela pegaria o ônibus para Sutton. Estava preparada. Agora com 21 anos sua mãe não tinha mais direito sobre si. Podia decidir ou não se seria internada de novo e estava longe de querer aquilo. No entanto, queria poder rever a mãe e Cris, que há tempos não sabia como estava.
O garoto estava para completar 18 nos próximos dois meses e ela sabia que precisava estar naquele aniversário. Isto é, se ele assim quisesse.
Quanta besteira! Por que ele renegaria sua presença? Ele iria entender. Ela já não estava mais aguentando viver confinada daquela forma sem que ninguém a ajudasse, precisara fugir senão enlouqueceria de vez.
Mas e se ele não entendesse? E se fosse grosso e dissesse que não queria vê-la nunca mais. E se sua mãe se recusasse a aceita-la? Ela voltaria para Londres, certo? Tomaria de volta seu emprego e passaria a ser oficialmente uma cidadã, sem mais segredos.
Entretanto, para preparar-se para a recusa, ela sentiu a necessidade de alguns drinques antes de qualquer coisa. Havia ouvido falar de um bar na beira da estrada e, já que estava saindo, cortaria o caminho apenas o suficiente para que o ônibus já tivesse chegado.

Porém, diferentemente do que Lene pensava, nada daquilo aconteceu. Nem sua mãe a renegou, nem seu irmão brigou com ela. Na verdade, ela sequer chegou à vê-los. Caminhando aquela noite, pronta para mudar sua vida, ela não sabia que a vida estava prestes a muda-la.

2 comentários:

  1. <3 <3 <3
    Oh deuses, caramba, ai Zeus do meu heart, me segura.
    AI DEUSES, CARAMBA, A VIDA DA LENE ERA ASSIM?? T.T Chorando lagrimas sinceras aqui por ela. Putz. Putz, putz, putz.
    Sem comentários. Sério.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, a Lene teve que viver assim. No próximo capítulo as coisas ficarão mais claras, eu acho. :)

      Excluir