quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Substância - Luna.

Essa aqui é uma coletânea de textos pequenos que eu sou preguiçosa demais para tornar algo maior, e que eu decidi escrever hoje porque. Porque sim. Arrisco dizer que a dose de melancolia semanal de vocês voltou, mas vou esperar mais um pouco para dizer que isso aqui, eu, voltou de verdade.
Então, oi gente, tudo bem?



i. Eu preciso parar de dedicar toda música de amor que ouço para você. Porque eventualmente, quando tudo isso acabar, você cansar de mim e eu me fechar de novo, eu terei que quebrar meus fones de ouvido se quiser não pensar em você.

ii. A beleza dele é tão linda que eu mal consigo respirar. Ele oblitera galáxias inteiras, destrói sóis e planetas, arranca de mim o fôlego que prendi quando o vi pela primeira vez. Sua beleza é de tamanha magnitude, de presença tão forte, que toma todo o ambiente e comprime meus pulmões, deixando fraca minha respiração e arrancando cada suspiro singelo de dentro de mim. Sua beleza destruiu reinos inteiros, acabou com 30 legados, 15 batalhões de soldados; todos eles fascinados demais com a curva de seus lábios e a ponta afiada de seu maxilar para sequer lembrarem que deveriam lutar. Eu não estou mentindo quando digo que ele instaurou a paz no mundo.

iii. Estou começando a descobrir que amar uma pessoa leva muito mais do que apenas amor. Desconfio, até, que amor é mito e rima de poeta apaixonado, que aos poucos desilude-se e percebe que seu amor era apenas desejo por um pedaço de pele colado ao seu.

iv. Eu preciso que você entenda que apegar-se a uma imagem antiga não irá trazê-la de volta. Inclusive, sou muito grata por isso. Se agarrar ao passado não vai te levar para frente. Arrisco-me dizer que torna a ser tóxico, lamuriar-se pela perda de algo que você esqueceu que tinha. No entanto, lembrar-se de como era, do que fazia e com quem estava é substancial para viver. Você pode lembrar-se com ternura de seu eu antigo e sua amizade passada, mas não tente resgatá-lo, porque na verdade, ele nunca se perdeu. E digo mais, ele ainda está aí; em algum lugar, quieto, sorrindo orgulhoso para o que você se tornou e esperando o dia que você reconheça a si mesmo para que possa voltar para seu antigo lugar. Dessa vez, novíssimo, polido, e amadurecido. Porque maturidade nunca foi algo ruim (e também nunca foi algo fácil.)

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