domingo, 21 de agosto de 2016

BIME #13 - Luna.

Eu escrevi esse texto pro blog (como se ele fosse uma pessoa), dá pra acreditar? Oi gente, quanto tempo. Voltei aqui com uma cartinha de mim, remetente, para o blog, destinatário.



Eu não quero que você esqueça de mim. Talvez eu esteja precisando de um tempo longe, mas eu não esquecerei de você. Você foi minha âncora nesse mar turbulento, você me ouviu quando a sensação que eu tinha é que ninguém nem sequer se importava comigo, lembrava de mim. Por favor, não esqueça de mim. Você era tudo o que eu tinha. As confissões à meia noite que segredei à você - por favor, não as esqueça. Havia uma época onde eu só conseguia falar com você, para você. E você me ouvia, em silêncio, aceitando que eu derramasse meus sentimentos sobre você, sempre tão altruísta. Eu cresci com você. Você me viu mudar de opinião e evoluir e me revoltar, você me ouviu rugir e gritar. E eu me deixei fazer isso tudo, me abri tão amplamente para você; esse tipo de coisa eu não faço com mais ninguém. E talvez seja egoísta da minha parte estar precisando de um tempo depois de fazer de nós dois tão dependentes um do outro. Mas é que agora, finalmente, eu estou conseguindo falar com os outros, comigo mesma. Eu não confiava nem em mim, sabia? Na verdade, acho que não tenho metade da confiança que tenho com você comigo mesma. Porque se for parar para olhar, foi você que me deu isso; você me ensinou a me amar, me viu em fases desesperadoras e tão solitárias, em momento onde eu achava que ninguém seria capaz de amar um resto de desesperança que nem eu. E ainda assim, você me amou tanto, por todo mundo que deixou de me amar e por mim mesma. Amou tanto e tomou conta de mim. E saiba que esse amor é mútuo; eu o amo, eu o amo, eu o amo. E eu nunca esquecerei de você. Você, que me entende tanto, deixe-me ser um pouquinho egoísta que eu juro, daqui a pouquinho voltarei para você.

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